Quando se pergunta a alguém o que deseja, normalmente nas vésperas de mais um ano, a primeira resposta é: “saúde!”. Diz-se que tendo saúde consegue-se o resto. Será assim? Para mim o bem mais precioso e do qual dependem todos os outros é o tempo. Ter tempo. Tempo para cuidar do corpo e da saúde; tempo para arranjar um emprego e ganhar dinheiro; tempo para visitar amigos; tempo para descansar; tempo…
No entanto não damos o devido valor ao tempo; adiamos coisas convencidos que ainda temos tempo e só nos lembramos delas nos limites dos prazos. Às vezes temos de pedir mais tempo. Fazemos isso em muitas ocasiões: é um trabalho escrito para apresentar; é uma carta que temos de escrever há tanto tempo e andamos a adiar; é um amigo para visitar; é um sem número de coisas que só descobrimos que são importantes quando o tempo está a chegar ao fim. O pior é quando o tempo já passou. Alguém que partiu definitivamente e com quem já não podemos partilhar um bocado do nosso tempo, uma visita ao hospital a um amigo doente quando ele já teve alta, um telefonema a um familiar que já não vemos há muito mas que entretanto já mudou de número, etc…
Não há dúvida que o tempo é como uma fortuna. Vamos gastá-la ou usá-la?
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Pornocracia
Andamos num tempo em que os cães estão desaçaimados.
Ontem, numa Feira do Livro em Saldos, a PSP de Braga apreendeu livros cuja capa era um quadro de um nu do séc. XIX, com a alegação que o conteúdo atentava os bons costumes. Nem se deram ao trabalho de abrir o livro. Julgaram-no pela capa. Quem terá sido o iluminado? Que tempos são estes em que as autoridades têm este poder discricionário? Provavelmente o livro será uma seca do tamanho das suas páginas, mas que me despertou uma vontade de o ler ah isso é que despertou!...
Será esta uma nova técnica de marketing?
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Casamentos de Homossexuais
A legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo é um assunto que abana, os que são a favor/contra ou pretensamente indiferentes, nas suas mais profundas convicções religiosas, morais/éticas e sociais.
No fundo, o casamento é um contrato social entre duas pessoas de sexos opostos, pressupondo-se de tendência sexual também oposta mas convergente.
O n.º 1 do artigo 36.º da CRP determina que todos têm direito de constituir família e de celebrar casamento em condições de igualdade, não havendo, neste artigo, diferenciação em função do sexo. O código civil é que vem estabelecer uma barreira legal ao casamento de pessoas do mesmo sexo, no seu artigo 1577.º. Ultrapassada essa barreira, abre-se caminho para outras discussões. Mais à frente explicam-se algumas.
1.º - Concordo com a igreja católica quando afirma que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contra-natura. De facto, na natureza os machos acasalam com as fêmeas e os contactos homossexuais são estabelecidos apenas em algumas espécies como uma questão de dominância de uns sobre os outros e não para satisfação sexual. Veja-se o exemplo dos cães.
Acontece que, salvo raras excepções, na natureza não existe o conceito moral da fidelidade, pelo que, as ligações múltiplas são frequentes. Conclui-se que as ligações múltiplas são pró-natura.
Eis a 1.ª questão: por que razão também não se legalizam os casamentos múltiplos?
Haverá, nos 230 deputados e deputadas da Assembleia da República mais homossexuais do que bígamos ou polígamos? Haverá em Portugal mais homossexuais do que bígamos ou polígamos? Porque não estabelecer sociedades familiares regidas por um código específico adaptado do das sociedades comerciais?
É claro que a delicadeza do assunto o torna polémico, mas pensem bem, será assim tão descabido?
É maior a afronta moral por se colocar a hipótese de casamentos múltiplos do que a do casamento entre pessoas do mesmo sexo?
No fundo, o casamento é um contrato social entre duas pessoas de sexos opostos, pressupondo-se de tendência sexual também oposta mas convergente.
O n.º 1 do artigo 36.º da CRP determina que todos têm direito de constituir família e de celebrar casamento em condições de igualdade, não havendo, neste artigo, diferenciação em função do sexo. O código civil é que vem estabelecer uma barreira legal ao casamento de pessoas do mesmo sexo, no seu artigo 1577.º. Ultrapassada essa barreira, abre-se caminho para outras discussões. Mais à frente explicam-se algumas.
1.º - Concordo com a igreja católica quando afirma que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é contra-natura. De facto, na natureza os machos acasalam com as fêmeas e os contactos homossexuais são estabelecidos apenas em algumas espécies como uma questão de dominância de uns sobre os outros e não para satisfação sexual. Veja-se o exemplo dos cães.
Acontece que, salvo raras excepções, na natureza não existe o conceito moral da fidelidade, pelo que, as ligações múltiplas são frequentes. Conclui-se que as ligações múltiplas são pró-natura.
Eis a 1.ª questão: por que razão também não se legalizam os casamentos múltiplos?
Haverá, nos 230 deputados e deputadas da Assembleia da República mais homossexuais do que bígamos ou polígamos? Haverá em Portugal mais homossexuais do que bígamos ou polígamos? Porque não estabelecer sociedades familiares regidas por um código específico adaptado do das sociedades comerciais?
É claro que a delicadeza do assunto o torna polémico, mas pensem bem, será assim tão descabido?
É maior a afronta moral por se colocar a hipótese de casamentos múltiplos do que a do casamento entre pessoas do mesmo sexo?
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